O Colapso do porto de Santos e dos aeroportos de GRU e VCP.
O “voo de galinha” é uma expressão frequentemente usada para descrever ciclos curtos de crescimento na economia brasileira, seguidos por estagnação ou recessão.
Isso ocorre quando a economia do país apresenta um crescimento temporário, mas sem bases sustentáveis para manter esse ritmo no longo prazo, semelhante ao voo curto de uma galinha, que levanta voo por um instante e logo volta ao chão.
Esse ciclo acontece por vários motivos, entre eles a baixa produtividade, a falta de investimentos consistentes em infraestrutura, e políticas econômicas instáveis.
Vejam, o Ministério da Fazenda ampliou a projeção de crescimento do PIB em 2024 para 3,2% A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF) revisou para 3,2% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção anterior, de julho, considerava perspectiva de alta de 2,5% no ano, seria um momento auspicioso, porém já batemos com a cabeça no teto.
Vivemos hoje um verdadeiro pesadelo no segmento mais estratégico que é a infra estrutura logística, principalmente no comércio internacional, com um colapso no atendimento dos portos e aeroportos brasileiros, principalmente aqui no estado de SP onde se concentra boa parte do fluxo de comércio internacional do país.
Estamos mais uma vez amarrados pela incompetência das autoridades e das agências reguladoras, pela gestão ideológica dos interesses do país, o que impede a ampliação das estruturas portuárias e investimentos nos aeroportos, linhas férreas, estradas, acessos a essas estruturas e etc…
Estamos fadados ao crescimento medíocre de 3% quando poderíamos chegar tranquilamente aos 6% como demonstrado alguns países emergentes com uma economia infinitamente menor que a do Brasil, ou seja um “voo de galinha”….
O colapso dos portos e aeroportos brasileiros é um reflexo direto dessa síndrome, uma vez que uma infraestrutura deficiente representa um gargalo significativo para o crescimento sustentado.
Portos e aeroportos são essenciais para o comércio e para a logística de um país, especialmente um com dimensões continentais e vocação exportadora, como o Brasil.
Quando essas infraestruturas estão sobrecarregadas ou mal gerenciadas, toda a cadeia produtiva sofre, aumentando os custos logísticos e dificultando o crescimento econômico.
A situação dos portos e aeroportos, por exemplo, é constatada:
- Capacidade Insuficiente e Congestionamentos
- Baixa Eficiência Operacional
- Precariedade na estrutura de acesso :
- Superlotação nos principais Aeroportos
- Infraestrutura Defasada
- Excesso de burocracias na liberação de cargas
- Falta de medidores de eficiências para os operadores (KPI´s)
- Aumento absurdo de custos de armazenagem e de demurrages
- Paradas de linhas
- Não atendimento dos clientes
Vivemos hoje uma situação paradoxal, os importadores e exportadores são penalizados 2 vezes, pois além de não conseguirem receber nem entregar seus produtos tem um aumentos absurdo de custos com armazenagem, demurrages, detentions, e etc, ou seja estão pagando pelo incompetência e irresponsabilidade do governo.
Em resumo, o colapso desses setores críticos reflete a falta de investimentos estruturais no Brasil e dificuldades de planejar e executar políticas de longo prazo.
Resolver esses problemas exige planejamento, investimentos em infraestrutura e políticas resultantes para que a economia brasileira consiga, finalmente, escapar da “síndrome do voo de galinha”.
Mauro Lourenço Dias
Presidente do Grupo Fiorde.
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